Antes de engravidar, existem uma série de fatores que devemos levar em conta como, se você tem estabilidade financeira (não é o principal, mas devemos garantir um bom estudo/educação, alimentação saudável e balanceada, emergências médicas.), se você e seu parceiro estão saudáveis (pressão alta, colesterol alto, diabete e doenças sexualmente transmissíveis podem se tornar um problema ainda maior durante a gravidez.), se você trabalha vai continuar trabalhando, ou vai parar? Se continuar, com quem ficará seu filho? Avó, berçário? Se a opção for berçário, é bom pesquisar boas instituições, se a opção for avó é bom estar preparada, normalmente elas fazem tudo diferente do que você faria e isso as vezes pode afetar o bom relacionamento familiar.. Mas e se optar por ficar em casa, você tem estabilidade emocional pra isso?
Pode parecer besteira, mas ficar em casa não é um mar de rosas. Você acaba perdendo o contato com muitas pessoas, fica praticamente só em função do filho, e normalmente você não vai conseguir dar conta da casa.. Então se você pensa que vai tirar férias e assistir a novelinha comendo pipoca, está muito enganada! Ficar em casa é MUITO cansativo, mas eu digo por experiência própria que VALE A PENA! Quer dizer, vale a pena se você realmente estiver disposta a deixar sua casa e até mesmo você de lado, para ficar o dia inteiro no chão brincando com o filhote!
Eu já fui uma defensora incansável da maternidade integral nos primeiros anos, principalmente no primeiro ano, mas hoje percebo que não é pra toda mulher, sem julgamentos. Eu optei por ficar em casa no primeiro ano, mas nenhuma das minhas amigas fizeram isso, e depois de pensar muito sobre o assunto, vejo que elas fizeram a escolha certa! Elas se sentem mais independentes, ativas, úteis e consequentemente felizes. Então por que ficariam em casa? Alguns podem pensar, - Ah, devia ter pensado nisso antes de ter um filho, ele merece toda a atenção! Realmente eles merecem toda a atenção, mas de que adianta a mãe em casa, se ela não está feliz? Se fica estressada ou triste... Tem mulheres que gostam de ser independentes, e isso não as torna mães más. Elas seriam más mães, se ficassem em casa porque os outros acham que elas tem que ficar, e não conseguir dar a atenção necessária para seu filho.. Até porque, além de trabalhar fora, elas ainda são mães e esposas quando chegam a noite cansadas. Fazem janta, dão banho, limpam a casa, lavam roupa, brincam com o filho e dão atenção ao marido. Sim! Elas merecem TODO nosso respeito!
Quem opta por ficar em casa, tem que querer ficar em casa de verdade. Tem que curtir o momento, curtir o filho, brincar, dar carinho, educar, incentivar, sentar no chão e se divertir! Tem que deixar a casa de lado e só limpar enquanto seu filho dorme, até porquê acordado ele não vai deixar você trabalhar.
- Opa, calma aí.. Enquanto ele está acordado brincamos no chão, enquanto dorme limpamos a casa, roupa, organizamos as finanças, fazemos janta/almoço, café.. e descansamos quando? É aí que vem a pior parte, principalmente pra quem gosta de tudo certinho.. Você NUNCA mais vai ter uma casa perfeita! Um dia você limpa a casa, no outro descansa, depois casa de novo, descansa de novo. E não pense que é coisa de mulher preguiçosa não, é realmente impossível manter a casa organizada com filhos. Se você consegue, ou você tem uma empregada 24hs ou me desculpe, você não é uma boa mãe.. Deixar seu filho trancado num "quartinho de brinquedos", pode ser a solução para uma casa impecável, mas seu filho vai se sentir abandonado, preso, sem atenção, afeto, proteção!
Minha conclusão é: Tempo é diferente de qualidade! Você tem que dedicar seu tempo livre ao filhote com entusiasmo, seja período integral ou meio período! Cuide com amor, esteja presente de verdade quando presente, isso fará toda a diferença na construção do caráter e personalidade de seu filho!
Planeje sua vida, filho não é brinquedo, não é troféu. Filho da trabalho, exige atenção, e apesar de ser a coisa mais deliciosa do mundo, ser mãe não é mole não!
Criação com apego, maternidade consciente, amor incondicional.. É isso que importa!
23 outubro 2012
16 outubro 2012
Medo do Parto...
- Ah eu quero parto normal, mas se for pra ficar sofrendo lá no hospital tal, prefiro juntar dinheiro pra uma cesárea..
Foi essa frase lamentável que ouvi numa conversa informal com uma nova gestante, e então pensei: Juntar dinheiro pra uma cesárea? Se tem tanto medo de sofrer num hospital público, e tem condições de pagar por uma cesárea, porque não pagar por um parto normal humanizado? Falta de consciência desse povo!! Não estou dizendo que um parto normal humanizado não se sente dor, mas é respeitoso, de acordo com o que a mulher escolhe para o seu momento. Vai doer? Claro que vai, mas acredite, é uma dor que toda mulher consegue suportar.
- Ah mas na cesárea não dói nada! Na hora não, mas e a recuperação? E a saúde de seu filho? E o seu bem estar?
Vale a pena sim ter um parto normal, é satisfatório, é lindo e é o NORMAL!
As mulheres hoje tem muito medo do parto, porque os relatos de violência infelizmente são muitos.
- A avó diz: O médico subiu na minha costela pra ajudar sua mãe a nascer, eu achei que tinha quebrado!
- A mãe diz: O médico colocou uma colher pra puxar você, aquele negócio é horrível!
- A tia diz: Ahh é um horror, fiquei lá sofrendo um tempão deitada naquela maca com as pernas amarradas, sozinha e com o médico dizendo: - Na hora de fazer você não gritou!
- A amiga diz: Parto normal é só pra quem não tem dinheiro, marca logo uma cesárea e sai do hospital com seu bebê nos braços, LINDA, LOIRA e MAQUIADA!
O parto normal não é assim! Ou pelo menos, não deveria ser...
Existe sim a violência obstétrica, mas você pode e deve lutar contra isso.
Lembre-se: O corpo é SEU! O filho é SEU! O parto é SEU!
Você tem direitos de escolha.. Se você não quer ficar deitada, diga que vai levantar. Se não quiser episio, ocitocina, analgesia, cesárea.. DIGA NÃO, é um direito seu! Aliás, isso tudo pode ser especificado no seu plano de parto, ajuda muito!
Se você quer ter um parto normal/humanizado, você tem opções.. existem alguns médicos obstetras humanizados, eles respeitam suas escolhas, te incentivam, e só usam de intervenções quando você pede, ou quando é realmente necessário. Existem parteiras que acompanham seu parto domiciliar, que ficam ao seu lado para ajudar quando necessário, dão todo o suporte e segurança que se tem em um hospital, e com a vantagem da intimidade e o conforto do seu lar.
Mas a questão não é essa.. O problema, é que muitas mulheres não dão a devida importância para o assunto.. Durante a gestação pesquisam preços de carrinhos, decoração do quarto, roupa para maternidade, nome do bebê, padrinhos, lembrança de nascimento.. Não que essas coisas não sejam importante, até são, mas percebo que os valores estão invertidos.. de que adianta um quarto lindo, enxoval completo, se seu filho está numa UTI por conta de intervenções desnecessárias..? Ou ter que retirar todos os ursos, tapetes e cortinas porque seu filho tem bronquite, bronquiolite, asma porque você agendou uma cesárea...? A qualidade de vida do seu filho, começa no nascimento, no seu parto, depende das suas escolhas. Seu filho não vai ter a saúde comprometida porque você comprou um carrinho de 200,00 ao invés daquele lindo de 1.500,00. Você tem que se informar sobre os procedimentos do parto, procurar profissionais, conversar, pesquisar. O parto no Brasil está desse jeito, porque as mulheres não tem informações, e a grande maioria dos médicos nem querem que elas tenham. Para eles, eles é que fazem o parto, e a mulher tem que acatar e pronto, e com essa cultura, as mulheres acabaram acreditando nisso.
- Os médicos sabem tudo, eles estudaram pra isso!
Mas ninguém lembra que é confortável pra ele colocar o famoso sorinho e fazer uma episio para agilizar o parto.. Não se iluda... NÃO É POR VOCÊ! Eles não estão sendo bonzinhos, só estão querendo ir pra casa! Quando eles dão analgesia, não é pra você parar de sentir dor, é pra você parar de gritar no ouvido deles! E a cesárea? MARAVILHA! É só falar que o cordão enrolou, aí não bagunça minha agenda, e a mulher ainda vai me chamar de herói!
Infelizmente é assim que funciona o sistema, mas se você quer realmente o melhor para seu filho, vá atrás disso. Escolha com calma seu obstetra, tire o máximo de informações que puder sobre ele, DESCONFIE SEMPRE! Ele diz que é a favor do parto normal, mas no final do seu pré-natal ele sugeriu uma cesárea por qualquer que seja o motivo, CORRA! Ele é cesarista, e só não te contou antes na esperança de te enganar e receber o dobro do dinheiro por 30 min de trabalho.. Não existe motivo para se agendar uma cesárea, os poucos problemas que são indicações de cesárea, só podem ser identificados durante o trabalho de parto!
Lembre que o comodismo pode comprometer a sua qualidade de vida, e a qualidade de vida do seu filho. Então, EMPODERE-SE! Não fique parada no lugar, haja! Lute por suas escolhas, ou você está no mundo só pra ocupar espaço?
07 outubro 2012
O que é Doula?
Antes do meu curso, vieram me perguntar o que era uma Doula e depois de explicar, ouvi:
- Ah, isso é besteira. Já tem o médico lá..
Em 1º lugar, a Doula NÃO FAZ o que um médico faz, e muito menos o médico vai fazer o que faz uma Doula. Um médico não vai ficar segurando sua mão dizendo o quanto você é linda, e que seu corpo é perfeito para o parto.
Antigamente, no tempo de nossas avós e bisavós, quando os partos aconteciam em casa, quem acompanhava a parturiente? Chamava-se a parteira, a mãe, as tias e primas mais velhas.. Enfim, pessoas com experiência, que já tinham tido seus filhos. Essas pessoas ajudavam a mulher a parir, mas as ajudavam de verdade, com palavras incentivadoras, segurando a mão, mostrando que ali tinha muitas pessoas que se importavam com ela e com seu filho. Você acha que isso é besteira? Então vamos lá, vou dar um exemplo que tirei da minha apostila do curso..
Você decidiu percorrer os quase 500 km da estrada Rio-Santos a pé. A estrada é famosa por suas lindas paisagens, mas percorrê-la a pé é uma tarefa trabalhosa, que demanda planejamento e muita determinação. Imagine-se informando seus amigos, família, colegas de trabalho, sobre sua decisão. Imagine a gama de atitudes diferentes que eles terão com você. Desde ares debochados (a pé, você que nunca caminhou até a padaria?), de desdém (ah, eu já fiz isso.. difícil é escalar o Everest...), de medo (jura? Mas você não tem medo de morrer atropelada?), de zombaria (é... agora você pirou de vez...). Mas imagine sua amiga especial que se entusiasma, promete te apoiar, manda alguns artigos sobre o roteiro, pergunta como estão seus planos, elogia você diante dos amigos em comum, briga pelo seu sonho, enfim: veste a sua camisa.
(exemplo tirado da apostila do curso de formação de doulas - GAMA)
Não seria maravilhoso se todos agissem assim quanto ao seu sonho?
Era assim que as acompanhantes agiam antigamente, não parece mais fácil? Quando se passa por alguma situação difícil, mesmo quando sabemos que o resultado é satisfatório, precisamos de alguém querido do nosso lado. E com a modernidade, partos nos hospitais isso acabou. Depois conseguiram incluir o pai no parto hospitalar, mas também é difícil pra ele, ele não sabe o que é parir, não sabe o que é normal, e o pai também precisa de apoio nessa hora, afinal é a mulher e filho dele que estão ali, normalmente eles também ficam comprometidos emocionalmente.
É aí que entra a Doula. A doula não substitui o pai, pelo contrário, ela faz com que ele participe de forma ativa naquele momento, mostrando o que ele pode fazer para ajudar na hora do parto, incentivando o afeto entre o casal.
Durante as consultas antes do parto, a doula tem um papel informativo. Explica as diferentes forma de parto, métodos farmacológicos utilizados em hospitais, os métodos não farmacológicos utilizados por ela para alivio da dor, posições e tipos de respiração que ajudam na hora do parto, tira as dúvidas do casal, mostra o que é MITO x REALIDADE, sempre baseado em evidências científicas. Para então, o casal decidir como será o parto, o que eles querem, e o que não querem e, por fim é feito o plano de parto de acordo com os desejos do casal. Durante o trabalho de parto, e parto a doula coloca em prática tudo que foi ensinado a mulher, faz massagens em pontos específicos para relaxamento, banho, bola, incentiva a mulher, ajuda a encontrar uma posição confortável, e inclui o pai nesse processo. Sempre respeitando os desejos da mulher, cuidando de tudo para que o parto seja perfeito e inesquecível para o casal. No pós-parto imediato, a doula coloca o bebê para mamar, aumentando o vínculo de afeto mãe/filho, ajuda a mãe nos primeiros cuidados com o bebê e amamentação.
Quando a nova família já está em casa, a doula faz visitas oferecendo apoio na adaptação dessa nova fase, e auxilia no que for preciso.
É importante dizer que doula não é parteira, aliás, doula NÃO PODE fazer parto, e também não pode fazer nenhum procedimento médico, como verificar pressão, batimentos cardíacos, exame de toque, entre outros.
A doula cuida para que os desejos, privacidade e diretos da parturiente seja respeitado.
Diminui em 50% as taxas de cesárea,
20% a duração do trabalho de parto
60% os pedidos de anestesia
40% o uso da ocitocina
40% o uso de fórceps.
Menor índice de depressão pós-parto, amamentação exclusiva e de livre demanda.
- Ah, isso é besteira. Já tem o médico lá..
Em 1º lugar, a Doula NÃO FAZ o que um médico faz, e muito menos o médico vai fazer o que faz uma Doula. Um médico não vai ficar segurando sua mão dizendo o quanto você é linda, e que seu corpo é perfeito para o parto.
Antigamente, no tempo de nossas avós e bisavós, quando os partos aconteciam em casa, quem acompanhava a parturiente? Chamava-se a parteira, a mãe, as tias e primas mais velhas.. Enfim, pessoas com experiência, que já tinham tido seus filhos. Essas pessoas ajudavam a mulher a parir, mas as ajudavam de verdade, com palavras incentivadoras, segurando a mão, mostrando que ali tinha muitas pessoas que se importavam com ela e com seu filho. Você acha que isso é besteira? Então vamos lá, vou dar um exemplo que tirei da minha apostila do curso..
Você decidiu percorrer os quase 500 km da estrada Rio-Santos a pé. A estrada é famosa por suas lindas paisagens, mas percorrê-la a pé é uma tarefa trabalhosa, que demanda planejamento e muita determinação. Imagine-se informando seus amigos, família, colegas de trabalho, sobre sua decisão. Imagine a gama de atitudes diferentes que eles terão com você. Desde ares debochados (a pé, você que nunca caminhou até a padaria?), de desdém (ah, eu já fiz isso.. difícil é escalar o Everest...), de medo (jura? Mas você não tem medo de morrer atropelada?), de zombaria (é... agora você pirou de vez...). Mas imagine sua amiga especial que se entusiasma, promete te apoiar, manda alguns artigos sobre o roteiro, pergunta como estão seus planos, elogia você diante dos amigos em comum, briga pelo seu sonho, enfim: veste a sua camisa.
(exemplo tirado da apostila do curso de formação de doulas - GAMA)
Não seria maravilhoso se todos agissem assim quanto ao seu sonho?
Era assim que as acompanhantes agiam antigamente, não parece mais fácil? Quando se passa por alguma situação difícil, mesmo quando sabemos que o resultado é satisfatório, precisamos de alguém querido do nosso lado. E com a modernidade, partos nos hospitais isso acabou. Depois conseguiram incluir o pai no parto hospitalar, mas também é difícil pra ele, ele não sabe o que é parir, não sabe o que é normal, e o pai também precisa de apoio nessa hora, afinal é a mulher e filho dele que estão ali, normalmente eles também ficam comprometidos emocionalmente.
É aí que entra a Doula. A doula não substitui o pai, pelo contrário, ela faz com que ele participe de forma ativa naquele momento, mostrando o que ele pode fazer para ajudar na hora do parto, incentivando o afeto entre o casal.
Durante as consultas antes do parto, a doula tem um papel informativo. Explica as diferentes forma de parto, métodos farmacológicos utilizados em hospitais, os métodos não farmacológicos utilizados por ela para alivio da dor, posições e tipos de respiração que ajudam na hora do parto, tira as dúvidas do casal, mostra o que é MITO x REALIDADE, sempre baseado em evidências científicas. Para então, o casal decidir como será o parto, o que eles querem, e o que não querem e, por fim é feito o plano de parto de acordo com os desejos do casal. Durante o trabalho de parto, e parto a doula coloca em prática tudo que foi ensinado a mulher, faz massagens em pontos específicos para relaxamento, banho, bola, incentiva a mulher, ajuda a encontrar uma posição confortável, e inclui o pai nesse processo. Sempre respeitando os desejos da mulher, cuidando de tudo para que o parto seja perfeito e inesquecível para o casal. No pós-parto imediato, a doula coloca o bebê para mamar, aumentando o vínculo de afeto mãe/filho, ajuda a mãe nos primeiros cuidados com o bebê e amamentação.
Quando a nova família já está em casa, a doula faz visitas oferecendo apoio na adaptação dessa nova fase, e auxilia no que for preciso.
É importante dizer que doula não é parteira, aliás, doula NÃO PODE fazer parto, e também não pode fazer nenhum procedimento médico, como verificar pressão, batimentos cardíacos, exame de toque, entre outros.
A doula cuida para que os desejos, privacidade e diretos da parturiente seja respeitado.
Diminui em 50% as taxas de cesárea,
20% a duração do trabalho de parto
60% os pedidos de anestesia
40% o uso da ocitocina
40% o uso de fórceps.
Menor índice de depressão pós-parto, amamentação exclusiva e de livre demanda.
05 outubro 2012
Riscos de uma cesárea eletiva...
Que tal escolher o dia que seu filho vai nascer? Pode
programar uma festinha na volta pra casa, da pra fazer as unhas, cabelo,
maquiagem e ninguém é pego de surpresa. Pode escolher até mesmo a personalidade
do seu filho, não é ótimo? NÃO! É terrível!
Então vamos entender um pouquinho como são os partos no Brasil, e os riscos de uma cesárea desnecessária.
O índice de cesárea nas maternidades privadas do Brasil é de 80 a 100%, enquanto na rede pública é de 27,5%.. Porque será? Será que mulheres com dinheiro vieram com defeito de fábrica? Toda mulher é capaz de dar a luz sem intervenções! São raríssimos os casos que não. Mas rotineiramente, isso só não é possível, quando se tem um obstetra cesarista, que quer ganhar seu rico dinheirinho rápido pra não perder o feriadão.
O risco de uma cesárea eletiva já começa ao marcar a data.
Seu bebê é quem tem que decidir, cada dia a mais que ele fica com você, é de
extrema importância pra ele. A partir de 38 semanas, o bebê não é mais
prematuro, mas isso não significa que já pode nascer, ele continua acumulando
gordura para manter a temperatura quando nascer, e os pulmões ainda precisam
amadurecer. Por isso tem tantas crianças com problemas respiratórios hoje em
dia. (E as pessoas só falam na poluição..)
A cesárea, é uma cirurgia de médio porte, o obstetra faz um
corte em várias camadas, até chegar ao útero e pode acabar lesionando o bebê.
Além disso, o risco de morte para o bebê é 10 vezes maior que em parto
normal, e para a mãe, é 4 vezes maior. É difícil encontrar a dose certa de
anestesia, pois uma dose que é suficiente pra mim, pode ser alta para outra
mulher e bebê, e é aí que mora o maior perigo. Infecção hospitalar também é
muito comum. Outro fator contra a cirurgia, é que o corpo da mulher demora mais
para voltar ao normal, e casos de depressão pós-parto são mais
frequentes.
O parto, é um processo que mãe e filho precisam viver, e quando isso não acontece, vem a frustração, o bebê demora pra perceber que já nasceu, a mãe custa a entender que seu bebê não faz mais parte dela, porque ele foi arrancado dela, não passaram pela transição necessária. Isso afeta o vínculo de mãe e filho.
E pra quem acredita, segundo os astrólogos, o bebé nasce com uma dualidade na personalidade (situação astrológica natural x situação astrológica forçada).
O parto normal é mais seguro e o vínculo se torna maior, pois mãe e filho
trabalham juntos para chegar ao resultado final, que é o bebê
direto pro colo da mãe, recebido com todo amor por quem soube respeitar o seu
tempo.
Nascer Bem
Este blog foi criado com o intuito de levar informações a mulheres, mães, casais grávidos, e a quem mais possa interessar. É um espaço aberto, onde eu, como Doula vou abordar assuntos relacionados a maternidade, parto, amamentação e criação com apego. Enfim, tudo que for relacionado a esse universo mágico que é ser mãe, sempre baseado em evidências cientificas. Como ativista que sou, quero ajudar a mudar a realidade dos partos no Brasil, principalmente nas redes privadas. É um caminho longo que temos pela frente, mas a mudança começa com informação. Então, vamos lá, lutar pelo nosso direito de escolha, direito de parto sem traumas e frustrações, e principalmente lutar contra o terrorismo obstétrico por comodidade.
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