23 outubro 2012

Maternidade consciente.

Antes de engravidar, existem uma série de fatores que devemos levar em conta como, se você tem estabilidade financeira (não é o principal, mas devemos garantir um bom estudo/educação, alimentação saudável e balanceada, emergências médicas.), se você e seu parceiro estão saudáveis (pressão alta, colesterol alto, diabete e doenças sexualmente transmissíveis podem se tornar um problema ainda maior durante a gravidez.), se você trabalha vai continuar trabalhando, ou vai parar? Se continuar, com quem ficará seu filho? Avó, berçário? Se a opção for berçário, é bom pesquisar boas instituições, se a opção for avó é bom estar preparada, normalmente elas fazem tudo diferente do que você faria e isso as vezes pode afetar o bom relacionamento familiar..  Mas e se optar por ficar em casa, você tem estabilidade emocional pra isso?
Pode parecer besteira, mas ficar em casa não é um mar de rosas. Você acaba perdendo o contato com muitas pessoas, fica praticamente só em função do filho, e normalmente você não vai conseguir dar conta  da casa.. Então se você pensa que vai tirar férias e assistir a novelinha comendo pipoca,  está muito enganada! Ficar em casa é MUITO cansativo, mas eu digo por experiência própria que VALE A PENA! Quer dizer, vale a pena se você realmente estiver disposta a deixar sua casa e até mesmo você de lado, para ficar o dia inteiro no chão brincando com o filhote!
Eu já fui uma defensora incansável da maternidade integral nos primeiros anos, principalmente no primeiro ano, mas hoje percebo que não é pra toda mulher, sem julgamentos. Eu optei por ficar em casa no primeiro ano, mas nenhuma das minhas amigas fizeram isso, e depois de pensar muito sobre o assunto, vejo que elas fizeram a escolha certa! Elas se sentem mais independentes, ativas, úteis e consequentemente felizes. Então por que ficariam em casa? Alguns podem pensar, - Ah, devia ter pensado nisso antes de ter um filho, ele merece toda a atenção! Realmente eles merecem toda a atenção, mas de que adianta a mãe em casa, se ela não está feliz? Se fica estressada ou triste... Tem mulheres que gostam de ser independentes, e isso não as torna mães más. Elas seriam más mães, se ficassem em casa porque os outros acham que elas tem que ficar, e não conseguir dar a atenção necessária para seu filho.. Até porque, além de trabalhar fora, elas ainda são mães e esposas quando chegam a noite cansadas. Fazem janta, dão banho, limpam a casa, lavam roupa, brincam com o filho e dão atenção ao marido. Sim! Elas merecem TODO nosso respeito!
Quem opta por ficar em casa, tem que querer ficar em casa de verdade. Tem que curtir o momento, curtir o filho, brincar, dar carinho, educar, incentivar, sentar no chão e se divertir! Tem que deixar a casa de lado e só limpar enquanto seu filho dorme, até porquê acordado ele não vai deixar você trabalhar.
- Opa, calma aí.. Enquanto ele está acordado brincamos no chão, enquanto dorme limpamos a casa, roupa, organizamos as finanças, fazemos janta/almoço, café.. e descansamos quando? É aí que vem a pior parte, principalmente pra quem gosta de tudo certinho.. Você NUNCA mais vai ter uma casa perfeita! Um dia você limpa a casa, no outro descansa, depois casa de novo, descansa de novo. E não pense que é coisa de mulher preguiçosa não, é realmente impossível manter a casa organizada com filhos. Se você consegue, ou você tem uma empregada 24hs ou me desculpe, você não é uma boa mãe.. Deixar seu filho trancado num "quartinho de brinquedos", pode ser a solução para uma casa impecável, mas seu filho vai se sentir abandonado, preso, sem atenção, afeto, proteção!

Minha conclusão é: Tempo é diferente de qualidade! Você tem que dedicar seu tempo livre ao filhote com entusiasmo, seja período integral ou meio período! Cuide com amor, esteja presente de verdade quando presente, isso fará toda a diferença na construção do caráter e personalidade de seu filho!

Planeje sua vida, filho não é brinquedo, não é troféu. Filho da trabalho, exige atenção, e apesar de ser a coisa mais deliciosa do mundo, ser mãe não é mole não!

Criação com apego, maternidade consciente, amor incondicional.. É isso que importa!










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