17 novembro 2012

Vida após amamentação...

Existe alguma coisa melhor que amamentar? O vínculo que se forma entre mãe e filho durante a amamentação é inexplicável. Poderia até dizer que "TUDO FOI PENSADO". A posição em que o bebê fica, olhando com admiração e gratidão pelo alimento e amor que recebe nesse momento, demonstra o quanto esse ato é importante para o seu desenvolvimento físico e emocional.
Mas infelizmente, chega o dia em que nossa cria cresce e para de mamar, e nos sentimos abandonadas.. É a 2ª vez que o cordão umbilical é cortado. Mas acredite, HÁ VIDA APÓS A AMAMENTAÇÃO!
É importante mantermos esse momento de afeto mesmo quando a amamentação é interrompida, o bebê não quer mais o leite, mas não quer dizer que não quer mais amor, e é claro que não existe uma regra de substituição, mãe e bebê vão encontrar o melhor modo juntos.
Eu, particularmente, aproveito o momento de fazê-la dormir. As pessoas normalmente não entendem o fato de eu ainda cantar enquanto nino ela em meu colo, mas é o NOSSO momento. Cada dia percebo que ela demora um pouco mais pra dormir enquanto eu canto, mas nesse tempo em que ela ainda não dormiu, ela fica me olhando com admiração, percebo o olhar dela de ternura, gratidão, amor. É um olhar que me sinto na obrigação de retribuir, e na verdade não tem como NÃO QUERER. Eu sentada no chão, com pernas de índio, ela em meus braços, protegida, aconchegada, sendo levemente balançada e o NOSSO repertório.. É indescritível! Percebo a evolução dela, quanto mais amor e atenção eu dou, mais independente ela se torna. É a prova de que amor não "MIMA", mas ENSINA. Se seu filho sente que pode contar com você, que você vai estar sempre ali para ajudá-lo quando ele precisar, ele vai ganhar auto-confiança. Quando eu preciso sair sozinha, consigo deixar a Camille com outras pessoas, mesmo as que ela convive pouco. Ela sabe que eu vou voltar, sente que eu não a deixaria com qualquer pessoa. Ela brinca, come, dorme normalmente, e quando eu chego me abre um sorrisão, e eu fico com a certeza de dever cumprido, pois sei que dou amor, e educo sem traumas, sem castigos, sem prisões. Você quer um filho independente? Dê amor, mostre que ele vai cair, vai se machucar, vai errar, mas  que você vai estar sempre ali. Dê liberdade, dê asas, mostre o certo e errado, mas mais do que isso FAÇA O CERTO! Não adianta pedir para ele não gritar, gritando com ele. Dê o exemplo, palavras não servem quando usadas da boca pra fora!
Aproveite seu tempo com ele, aumente o vínculo, brinque mas não esqueça que ele não precisa apenas de brincadeiras, colinho de mãe é bom com qualquer idade!


06 novembro 2012

Pré-eclâmpsia

A primeira coisa que devemos saber é que só pressão alta, não associada com proteinúria não pode ser considerada pré-eclâmpsia. A pressão alta, atinge cerca de 10% das gestações, mas ela pode ser simplesmente hipertensão gestacional, que surge no fim da gravidez, é transitória e não traz riscos maiores para mãe e bebê. A hipertensão gestacional não é indicação de cesárea ou antecipação do parto, exceto quando a pressão arterial fica muito elevada, a partir de 160/110. (No meu caso cheguei a 170/120.)
Para diagnosticar como pré-eclâmpsia é preciso pressão arterial igual ou maior que 140/90 que surge a partir de 20 semanas de gestação, com a proteinúria (excreção de proteína na urina).
As chances de cesárea em quem tem pré-eclâmpsia são maiores, devida algumas complicações como descolamento prematuro de placenta e alterações de vitalidade fetal, mas não é regra.
Segundo Dra Melânia Amorim GO, o parto normal é possível sim! Aliás, em muitas circunstâncias, ele é preferível já que os distúrbios da coagulação podem complicar a pré-eclâmpsia e como sabem, o risco de sangramento é muito maior no parto cesáreo, e se houver redução acentuada da contagem de plaquetas (abaixo de 70.000/mm3), não pode ser feita anestesia regional (raquidiana ou peridural), e na cesárea a anestesia terá que ser geral, com maiores riscos.
No caso de pré-eclâmpsia leve, não é necessário antecipar o parto, desde que a pressão arterial esteja controlada e mãe e bebê estejam bem. As consultas pré-natais devem ser mais frequentes no fim da gestação para detectar uma possível evolução do quadro. Nessas condições é perfeitamente possível o parto normal espontâneo.







03 novembro 2012

Mitos que levam à cesárea!

Os mitos que levam à cesárea são tantos, que resolvi publicar alguns aqui para alertar a mulherada!

Vamos lá:

- Circular de cordão. (Acho que é o campeão.)

Vamos pensar um pouquinho! Por onde o bebê "respira"? Pelo cordão umbilical, e não pelas vias respiratórias, então como ele vai sufocar se o cordão estiver no pescoço? E se fosse verdade, ele já estaria morto na barriga certo?! Quando o bebê nasce, o cordão continua pulsando, tem aí um bom tempo, não 1 min, como dizem alguns GO's.
Durante sua gravidez, o bebê brinca com o cordão, e se enrola nele diversas vezes, ele se diverte com isso.


- Não tem "passagem"/bebê muito grande/não tem dilatação. (Essa também me mata.)

TODA MULHER tem "passagem/dilatação". Então você é capaz de gerar, mas não de parir?
Toda mulher dilata, basta esperar a hora. O que acontece, é que a mulher vai ao hospital dizendo que ta com dorzinha, muitas vezes sem ter entrado em TP e já colocam o "sorinho" forçando o parto, aí a mulher sente muita dor (ocitocina farmacológica é punk mesmo), ele coloca analgesia e as contrações param, e o GO fofo acaba ficando sem paciência de esperar.. Então, o bebê é grande demais, a mãe é pequena demais, tão magrinha tadinha.. Consegue PARIR SIM!
Existem alguns casos que são muuuuuito raros em que o bebê não consegue, mas isso só é possível identificar na hora, não depende do tamanho que deu no US (até porque a margem de erro é muito grande), e nem o tamanho da mãe, e realmente casos assim são raros. 

- Bebê pélvico (sentado).

É muito comum bebês nascerem sentados, isso não é um problema.

- Bebê não está encaixado.

A bolsa rompeu, está em TP e o bebê não está encaixado? Não se preocupe, ele VAI encontrar a saída. Muitos bebê encaixam durante o TP.

- Passou do tempo.

Seu bebê não é um bolo saindo do forno. Ele sabe o tempo dele, na grande maioria dos casos, principalmente na primeira gestação, o bebê nasce depois de 40 semanas e isso não é problema nenhum. Quando ele tiver que nascer, vai nascer. Lembre-se, é a hora DELE, não a sua, nem do GO.

- Cesárea anterior.

Seja lá, qual foi o motivo que levou você a uma cesárea, não impede que você tenha um PN em outra gestação. O risco de ruptura do útero por cesárea anterior é muito menor que o risco de uma outra cesárea.
Risco de ruptura do útero é de 1%, enquanto os riscos da cesárea... bem, vocês já sabem!

- Idade materna avançada ou adolescente.

Volto a dizer, se seu corpo foi capaz de gerar por que não é capaz de parir?

Essas foram só algumas, de TANTAS desculpas inventada por obstetras "espertinhos". Vale lembrar que a cesárea é muito útil quando realmente necessária, mas que NÃO existe motivo para se agendar. O problema real, só aparece no parto, não tem como prever o que vai acontecer. 

E no próximo post, vou falar sobre a pré-eclâmpsia, outra indicação DESNECESSÁRIA de cesárea, e que merece destaque!